23 de outubro de 2014

Agricultura familiar é vital para segurança alimentar e desenvolvimento sustentável globais



A agricultura familiar detém 75% dos recursos agrícolas no mundo. É crucial, portanto, aumentar sua produtividade, diversificar os meios de subsistência e estimular práticas sustentáveis.

A agricultura familiar deve exercer função cada vez mais importante na luta global contra a insegurança alimentar, uma vez que mais de 800 milhões de pessoas no mundo ainda não têm acesso devido a alimentos saudáveis e nutritivos, afirmaram funcionários das Nações Unidas nesta quinta-feira (16), em ocasião do Dia Mundial da Alimentação.

As propriedades agrícolas geridas por famílias detêm cerca de 80% da produção de alimentos e 75% dos recursos agrícolas no mundo. Por isso, são agentes essenciais para o desenvolvimento sustentável e para a erradicação da insegurança alimentar. Além disso, tendem a apresentar rendimento mais elevado do que produções de maiores dimensões dentro dos mesmos países e ambientes agroecológicos.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, ressaltou a importância dos agricultores familiares para o desenvolvimento global. “Eles gerenciam a grande maioria das propriedades agrícolas do mundo. Eles preservam recursos naturais e a agrobiodiversidade. Eles são o pilar dos sistemas de agricultura e de alimentação inclusivos e sustentáveis”, disse Ban.

A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) disse, em relatório divulgado nesta quinta-feira (16) — Estado da Alimentação e da Agricultura (SOFA 2014) –, que a agricultura familiar é, assim, confrontada com um triplo desafio.

Suas metas devem ser o aumento do rendimento agrícola para responder à necessidade mundial de segurança alimentar e de melhor nutrição, a sustentabilidade ambiental para proteger o planeta e a garantia do aumento da sua capacidade produtiva, além da diversificação dos meios de subsistência que lhes permitam sair da pobreza e da fome.

Tendo em vista os objetivos do Dia Mundial da Alimentação, a FAO afirmou que é preciso encorajar a atenção à produção agrícola e alimentar, a cooperação econômica e técnica entre países em desenvolvimento e a participação da população rural no seu processo de desenvolvimento – em especial das mulheres e das categorias menos privilegiadas.

“Em todos os casos, os agricultores familiares precisam ser os protagonistas da inovação, sendo esse o único caminho para que os mesmos tomem posse do processo e as soluções propostas respondam às suas necessidades”, disse o diretor-geral da FAO, o brasileiro José Graziano da Silva.

Além disso, a agência da ONU defendeu a ampliação dos esforços nacionais, bilaterais, multilaterais e não governamentais no alcance desses objetivos. Para isso, afirmou serem essenciais a transferência de tecnologias aos países em desenvolvimento e o fortalecimento da solidariedade nacional e internacional no combate à insegurança alimentar, à má nutrição e à pobreza.

Fonte: ONU Brasil
Publicado no Portal EcoDebate, 17/10/2014

Disponível em: http://www.ecodebate.com.br/2014/10/17/colocar-os-agricultores-familiares-em-primeiro-para-erradicar-a-fome/ Acesso em: 18/10/2014

31 de dezembro de 2012

Ano novo...ideias novas! Agora em 2013.



Prestes a entrar em mais um ano, e mais uma vez na virada vamos comemorar com nossas tradicionais queimas de fogos, a chamada pirotecnia (que nome horrível!). Nossa quantas cores, realmente muito bonito! Sem querer jogar água nos fogos de ninguém, mas parando pra pensar um pouco, acho que esse “rito de passagem” já não tem o mesmo brilho. Todo ano persistimos com a mesmice de queimar toneladas de produtos químicos pelo mundo. E são muitas toneladas, pode acreditar. Ainda bem que só acontece uma vez a cada ano. Uma contribuição e tanto para nosso ozônio não se sentir sozinho lá em cima. Passamos o ano inteiro agredindo nosso planeta com atividades  que vemos cada sendo cada vez mais como comuns, “coisas” de nosso modo de vida considerado “moderno”. Muita queima de combustíveis fósseis, muito descarte de lixo sólido e resíduos de tudo quanto é natureza, saturação de nossos esgotos e cursos d’água, muito barulho e muita luz (energia desperdiçada). Vivemos do exagero, da necessidade inventada, do desperdício desenfreado. Enquanto alguns se enchem de riquezas inúteis, outros carecem daquilo que é mais básico. Mas tudo bem, um ano novinho virá, e tudo vai mudar. É como dizem por ai, e até os mais pessimistas se arriscam. Porque não né? Longe do pessimismo, e de forma bem realista, sabemos que são fatos que foram sendo construído ao longo de anos, como a tradição da queima de fogos também é. Mas porque não mudar, porque não experimentarmos coisas novas? Mudar alguns hábitos pode ser uma boa ideia. Não precisamos acabar com uma tradição, mas podemos transforma-la em algo diferente, algo até mais “legal” e sensato para a época e realidade em que vivemos. Podemos deixar de sustentar a degradação de nosso planeta com pequenas ações, e se essas ações, por menor que sejam, acontecerem em escala mundial, teremos então uma grande ação, algo considerável, uma ação coletiva e para o coletivo. Em tempos ditos tão modernos, depois de muitas tecnologias desenvolvidas, ainda nos mostramos bastante retrógrados e até irracionais. Nos apegamos a hábitos impensados e, de certa forma, chatos e previsíveis. Claro, merecemos comemorar a passagem de mais um ano e o início de outro cheio de possibilidades, e com muitas expectativas. É mais que justo. Uma confraternização por novos tempos é realmente muito importante. Mas acredito também que podemos mais que isso, não precisamos comemorar fazendo uma festa com a queima de produtos químicos que agridem nossa biosfera. Acredito que podemos ser mais modernos que isso, que podemos pensar em diferentes formas de celebrarmos a chegada de um novo ano, com ações que possam aliar alegria e esperança com respeito e sabedoria diante de nossa casa comum, a Terra. Um feliz ano novo a todos, e que em meio a nossas esperanças esteja também a da mudança de mentalidade, maior criatividade e sensibilidade na celebração dos momentos felizes da vida!

14 de maio de 2012

Quando a Gente Ama

Quem vai dizer ao coração,
Que a paixão não é loucura
Mesmo que pareça
Insano acreditar

Me apaixonei por um olhar
Por um gesto de ternura
Mesmo sem palavra
Alguma pra falar

Meu amor,a vida passa num instante
E um instante é muito pouco pra sonhar

Quando a gente ama,
Simplesmente ama
É impossível explicar
Quando a gente ama
Simplesmente ama!

(Oswaldo Montenegro)

2 de janeiro de 2012

Ano novo, ideias "novas"!


É, mais um final de ano, e o início de mais um. Para muitos a esperança de mudanças, pra outros o recomeço de apenas mais um ano, com praticamente os mesmos desafios. E ainda para alguns, a indiferença, ou seja, tá bom assim. O fato é que entramos em mais um ano, e mais uma vez na virada temos nossas festas com as tradicionais queimas de fogos, a chamada pirotecnia. Nossa quantas cores, realmente muito bonito! Sem querer jogar água nos fogos de ninguém, mas sem deixar de pensar um pouquinho, acho que esse “rito de passagem” já não tem o mesmo brilho. Todo ano persistimos com a mesmice de queimar toneladas de produtos químicos pelo mundo. E são muitas toneladas. Ainda bem que só uma vez a cada ano. Uma contribuição e tanto para nosso ozônio não se sentir sozinho lá em cima. Passamos o ano inteiro agredindo nosso planeta com as atividades que vemos cada vez mais como comuns, inerentes a nosso modo de vida atual, considerado “moderno”. Muita queima de combustíveis fósseis, muito descarte de lixo sólido e resíduos de tudo quanto é natureza, saturação de nossos esgotos e águas, muito barulho e muita luz (energia desperdiçada). Vivemos do exagero, da necessidade inventada, do desperdício. Enquanto alguns se enchem de riquezas inúteis, outros carecem daquilo que é mais básico. Mas tudo bem, um novo ano virá, tudo vai mudar. É como dizem por ai, até os mais pessimistas se arriscam. Porque não? Longe do pessimismo, e de forma bem realista, sabemos que trata-se de algo que foi sendo construído ao longo dos anos, como a tradição da queima de fogos também é. Mas porque não mudar, porque não experimentarmos coisas novas? Não precisamos acabar com uma tradição, mas podemos transforma-la em algo diferente, algo até mais “legal” e sensato para a época em que vivemos, e realidade que nos encontramos. Podemos deixar de sustentar a degradação de nosso planeta com pequenas ações, e se essas ações, por menor que sejam, acontecerem em escala mundial, teremos então uma grande ação, algo considerável, uma ação coletiva e para o coletivo. Em tempos tão modernos quanto a tecnologias desenvolvidas, ainda nos mostramos bastante retrógrados e até irracionais. Nos apegamos a hábitos impensados, e até, de certa forma chatos e previsíveis. Claro, merecemos comemorar pela passagem de mais um ano e o início de mais um, com todas nossas expectativas. É mais que justo. Uma confraternização por novos tempos é realmente muito importante. Mas acredito também que podemos mais que comemorar e fazer uma festa com a queima de produtos químicos que agridem nossa biosfera. Acredito que podemos ser mais modernos que isso, que podemos pensar em diferentes formas de celebrarmos a chegada de um novo ano, com ações que possam aliar alegria e esperança com respeito e sabedoria diante de nossa casa comum, a Terra. Um feliz ano novo a todos, e que em meio a nossas esperanças esteja também a da mudança para melhor.

12 de novembro de 2011

Declaração Universal dos Direitos da Mãe Terra


Preâmbulo

Nós, os povos da Terra:
Considerando que todos e todas somos parte da Mãe Terra, uma comunidade indivisível e vital de seres independentes, interrelacionados e com um destino comum; Reconhecendo com gratidão que a Mãe Terra é fonte de vida, alimento e ensinamento, e provê tudo o que necessitamos para viver bem;
Reconhecendo que o sistema capitalista e todas as formas de depredação, exploração, abuso e contaminação tem causado grande destruição, degradação e alteração da Mãe Terra, colocando em risco a vida como hoje a conhecemos, produto de fenômenos como a mudança climática;
Convencidos de que em um sistema interdependente não é possível reconhecer direitos somente aos seres humanos, sem provocar um desequilíbrio na Mãe Terra;
Afirmando que para garantir os direitos humanos é necessário reconhecer e defender os direitos da Mãe Terra e de todos os seres que a compõem, e que há culturas, práticas e leis que o fazem;
Conscientes da urgência de agir coletivamente para transformar as estruturas e sistemas que causam as mudanças climáticas e outras ameaças à Mãe Terra.
Proclamamos esta Declaração Universal dos Direitos da Mãe Terra, e fazemos um chamado à Assembléia Geral das Nações Unidas para adotá-la, como propósito comum para todos os povos e nações do mundo, a fim de que tanto os indivíduos quanto as instituições se responsabilizem por promover – mediante ensinamento, educação, conscientização – o respeito a esses direitos reconhecidos nesta Declaração, e assegurar com medidas e mecanismos imediatos e progressivos, de caráter nacional e internacional, seu reconhecimento e aplicação universais e efetivos entre todos os povos e estados do Mundo.

Artigo 1 A Mãe Terra é um ser vivo

A Mãe Terra é uma comunidade única e indivisível, autorregulada, de seres interrelacionados, que sustém, contém e produz todos os seres;
Cada ser se define por suas próprias relações como parte integrante da Mãe Terra;
Os direitos inerentes da Mãe Terra são inalienáveis e derivam da mesma fonte de existência;
A Mãe Terra e todos os seres têm seus direitos reconhecidos nesta Declaração, sem distinção e nenhum tipo de discriminação entre seres orgânicos e inorgânicos, espécie, origem, uso para os seres humanos ou qualquer outro status;
Todos os seres da Mãe Terra têm direitos, que são específicos à sua condição e apropriados para sua região e função, dentro da comunidade nas quais existem;
Os direitos de cada ser estão limitados pelos direitos de outros seres e qualquer conflito entre esses direitos devem se resolver de maneira a manter a integridade, equilíbrio e a saúde da Mãe Terra.

Artigo 2 Direitos inerentes da Mãe Terra

A Mãe Terra e todos os seres que a compõem têm os seguintes direitos inerentes:
- Direito à vida e existência;
- Direito de ser respeitada;
- Direito à continuação de seu ciclo e processos vitais, livre das alterações humanas;
- Direito de manter sua identidade e integridade como ser diferenciado, autorregulado e interrelacionado;-Direito à água como fonte de vida;-Direito ao ar puro;
- Direito à saúde integral;
- Direito a estar livre da contaminação, da poluição e de dejetos tóxicos e radiativos;
- Direito de não ser alterada geneticamente e modificada em sua estrutura, ameaçando sua integridade ou funcionamento vital e saudável;
- Direito a uma restauração plena e pronta pelas violações aos direitos reconhecidos nesta Declaração, causadas pelas atividades humanas;
- Cada ser da Mãe Terra tem direito a um lugar e a desempenhar seu papel em Pacha Mama, para seu funcionamento harmônico; Todos os seres têm o direito ao bem estar e a viver livre de tortura ou trato cruel pelos seres humanos.

Artigo 3 Obrigações dos seres humanos para com a Mãe Terra

Todos os seres humanos, estados-parte e todas as instituições públicas e privadas devem:
- Atuar de acordo com os direitos e obrigações reconhecidas nesta Declaração;
- Reconhecer e promover a aplicação e implementação plena dos direitos reconhecidas nesta Declaração;
- Promover e participar da aprendizagem, análises, interpretações e comunicação sobre como viver em harmonia com a Mãe Terra, de acordo com esta Declaração;
- Assegurar que a busca do bem estar humano contribua para o bem estar da Mãe Terra, agora e no futuro;
- Estabelecer e aplicar efetivamente normas e leis para a defesa, proteção e conservação dos direitos da Mãe Terra;
- Respeitar, proteger, conservar e, quando for necessário, restaurar a integridade dos ciclos, processos e equilíbrios vitais da Mãe Terra;
- Garantir que todos os danos causados por violações humanas dos direitos inerentes reconhecidos nesta Declaração sejam retificados, e que os responsáveis assumam o papel de restaurar a integridade e a saúde da Mãe Terra;
- Conceder o poder aos seres humanos e instituições para que defendam os direitos da Mãe Terra e de todos os seres;
- Estabelecer medidas de precaução e restrição para prevenir que as atividades humanas conduzam à extinção de espécies, à destruição de ecossistemas ou alteração dos ciclos ecológicos;
- Garantir a paz e eliminar as armas nucleares, químicas e biológicas;
- Promover e apoiar práticas de respeito à Mãe Terra e de todos os seres de acordo com suas próprias culturas, tradições e costumes;
- Promover sistemas econômicos em harmonia com a Mãe Terra, de acordo com os direitos reconhecidos nesta Declaração.

Artigo 4 Definições

O termo ser inclui os ecossistemas, comunidades naturais, espécies e outras identidades naturais que existem como parte da Mãe Terra;
Nada nesta Declaração poderá restringir o reconhecimento de todos os direitos inerentes dos seres ou de qualquer ser em particular.