19 de maio de 2010

Amazônia Global

A maior floresta tropical do mundo, a Amazônia é um imenso estoque de biodiversidade do planeta, com inúmeras espécies animais e vegetais, muitas delas ainda desconhecidas pelo homem. Um tesouro verde que abriga cerca de 20 milhões de pessoas em cidades, vilarejos, ribeirinhos e tribos indígenas (nosso povo nativo). É preciso encontrar soluções ecológica e economicamente viáveis de desenvolvimento, que ofereçam prosperidade para a floresta, sua diversidade, e também para o homem. Um dos principais problemas na Amazônia é sua taxa de desmatamento, que atinge milhares de quilômetros anualmente, pela ação de madeireiras ilegais, a expansão da agricultura e da pecuária, além de outras atividades impensadas do homem, como a biopirataria de espécies, e recentemente o garimpo, um crime ambiental de proporções imensas quanto a seus impactos, colocando em risco o equilíbrio dinâmico das espécies e do próprio homem em seu ambiente. Se pensarmos que a Floresta Amazônica constitui um bioma que influencia o clima de muitos países no globo terrestre, podemos imaginar os efeitos sobre os mesmos, caso esse ecossistema continue sendo destruído da forma que está. A Amazônia é um patrimônio não só do Brasil, mas da humanidade. Suas potencialidades como grande seleiro de espécies, recursos, e habitação de povos tradicionais não podem ser desprezadas (sob a cegueira do capital), como se não tivéssemos o compromisso de proporcionar sua um futuro mais justo e sustentável para tudo que vive e para nossas futuras gerações.
(Léo; Adaptado de: Amazônia Viva - Greenpeace)

9 de maio de 2010

Tempo

Às vezes fico pensando no passar do tempo, em como as coisas mudam tão rapidamente, e no quão parecem intactas em certos momentos, como se o tempo não avançasse. Como se houvesse uma linha do tempo paralela, mas que só a percebemos quando não estamos totalmente imersos numa realidade superficial.
Ora as pessoas acham que perdemos tempo, ora pensam que ganhamos. O tempo perdido, de certa forma, pode ser a nossa própria perda no tempo, ficamos sem ação. Já o tempo ganho, talvez seja a idéia de tempo realizado. A noção de tempo pode ser entendida como sendo somente um conceito que adotamos para quantificarmos a existência num determinado período. Mas será que pode ser mais que isso? Para a física talvez sim. Mas não quero, e nem posso entrar nessa questão. Há momentos que percebemos que a vida passa tão rapidamente, que podemos até achar que não estamos aproveitando melhor nosso tempo, ou seja, a vida. Como na idéia de um Carpe Diem, podemos até achar que devemos viver mais intensamente o agora, e deixar o resto pra depois, como que abdicando do futuro em prol do presente. Até que é uma boa idéia, realizaríamos muito mais coisas (mesmo que de forma precipitada em certos momentos), e voltando a reflexão acima, teríamos uma maior percepção de tempo ganho ou aproveitado. Mas o fato é que ganhar tempo é algo meio sem sentido, se pensarmos que ao passar de um segundo, aquele presente deixa de sê-lo, adentrando ao futuro sem ao menos percebermos. É inevitável, o tempo simplesmente passa, e as coisas mudam.
Há quem pense, que viver sem se preocupar com o futuro seja apenas uma idéia difundida e adotada como forma de tornar a vida mais leve, de sermos menos exigentes com nós mesmos. Essa é uma idéia muito bem trabalhada principalmente pela mídia, com maior apelo nos tempos atuais, onde as coisas se tornam muito voláteis, em sociedades que vivem num ritmo cada vez mais acelerado. Funcionam como um grande sistema que precisa encontrar tempo pra tudo aquilo que ela própria vêm a oferecer, e que depende desse “consumo de tempo” por parte das pessoas para que suas economias consigam certa estabilidade. Pensar no tempo nos dá uma percepção de que estamos a todo momento numa transição entre o presente e o futuro, sendo que o passado não fica pra trás em meio a tudo isso, como costumamos pensar. Pelo contrário, é exatamente o passado que nos permite uma melhor perspectiva do que é, e do que pode vir a ser.
Viver o presente “sem pensar” no futuro pode ser bem confortável, é deixar que as coisas aconteçam sem preocupações, já que o tempo, inevitavelmente segue. Mas e o futuro, ele não depende de nossas ações do agora para se construir? Talvez o futuro que queremos sim. Não pensá-lo pode, em certos momentos, parecer até uma atitude egoísta de nossa parte, já que o tempo é para todos, e o futuro também. O passado só fica observando, não precisa se esforçar, pois tudo para ele é só uma questão de tempo. Talvez o presente seja apenas o equilíbrio entre o passado e o futuro.
Presente, passado e/ou futuro. O que importa?! Vivemos todos ao mesmo tempo.